🧠 O que é um hiperfoco?

O hiperfoco é um aspecto comum em pessoas autistas e pode ser definido como um estado intenso de concentração e envolvimento em um interesse específico. É o que faz a pessoa autista se dedicar por horas a um único tema, atividade ou hobby, muitas vezes sem perceber a passagem do tempo e ignorando distrações externas.

📌 Tópicos nesta página


  1. Características de um hiperfoco
  2. Ter um hiperfoco é algo bom ou ruim?
  3. Conheça meus hiperfocos
  4. Hiperfoco ou Gosto Pessoal?

    🔍 Características de um hiperfoco


    • Atenção extrema: Concentração profunda em um assunto ou atividade específica.
    • Persistência: Pode durar horas, dias ou até anos.
    • Desconexão do ambiente: Dificuldade em alternar para outras atividades.
    • Sensação de prazer e domínio: Proporciona satisfação e aprofundamento.
    • Dificuldade em interromper: Parar a atividade pode ser desafiador.
      O hiperfoco pode ser uma ferramenta poderosa de aprendizado e realização, especialmente se for bem gerenciado.
      Exemplo: Eu tenho um hiperfoco em educação e me tornei professor. O campeão mundial de motociclismo Jorge Martin, autista, tem hiperfoco em motociclismo.

      ↺ Ter um hiperfoco é algo bom ou ruim?


      | 🟢 Benefícios | 🔴 Desafios | |————————————|————————————————| | Desenvolvimento de habilidades 💡 | Dificuldade em alternar tarefas 🗕️ | | Aprendizado aprofundado 📚 | Exaustão mental ou física 😓 | | Produtividade elevada 🚀 | Pode gerar isolamento social 🤝❌ | | Criatividade intensa 🎨 | Desregulação de sono e alimentação 🛌🍽️ |
      Com estratégias adequadas, é possível equilibrar o hiperfoco para aproveitar seus benefícios sem comprometer o bem-estar.

      🎯 Meus hiperfocos

Esses hiperfocos me ajudam a produzir, criar, planejar, estudar, ensinar e me realizar como pessoa autista. Mas atenção: hiperfoco não é a mesma coisa que gosto pessoal.

🔎 Só pessoas com autismo podem ter Hiperfocos?


Já encontrei mais de uma resposta para esta pergunta, mas acredito que sim, que somente pessoas autistas tem hiperfoco, mas isso não impede que pessoas neurotípicas possam ter momentos de foco intenso, daqueles em que a pessoa mergulha na atividade e nem vê o tempo passar. Isso pode acontecer com qualquer uma, em maior ou menor grau, mas não é um hiperfoco.
A diferença talvez esteja no fato de que, para uma pessoa neurotípica, esse tipo de foco seja voluntário, ou seja, a pessoa decide quando começar e parar, tem um controle sobre a ação. Já uma pessoa neurodivergente — no meu caso, o autismo — o hiperfoco não é só concentração, porque vem com uma intensidade muito maior, às vezes incontrolável, mesmo. A pessoa entra tão rápido e tão fundo naquela ação que encontra muita dificuldade em sair, mesmo que queira ou precise. Pode acontecer de ignorar fome, sono, dor de cabeça, tudo porque o cérebro está preso naquele assunto, naquele interesse específico que, muitas vezes, pode até um papel prático, afetivo e regulador, mas nem sempre.
No TDAH também pode acontecer algo parecido, só que de forma um pouco mais caótica: a pessoa pode ficar horas vidrada em algo sem perceber, mas não consegue replicar esse foco quando realmente precisa — como estudar ou cumprir um prazo.
Então, enquanto uma pessoa neurotípica pode viver algo parecido com um hiperfoco, a forma como isso acontece, sua frequência, e principalmente o nível de controle que ela tem sobre esse estado, são bem diferentes de quando se fala de TEA ou TDAH: não é só gostar muito de um tema — é quase como se o cérebro fosse sequestrado por aquilo por um tempo, em qualquer oportunidade que encontre.

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