Mitos e Estereótipos sobre o Autismo

💬 Mitos e Estereótipos sobre o Autismo

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A desinformação sobre o autismo continua a ser um grande problema. Organizações lucram com estereótipos e ideias ultrapassadas, enquanto autistas são excluídos de discussões sobre suas próprias vidas. A melhor maneira de combater esses mitos é amplificar as vozes autistas e buscar informações de fontes confiáveis.

🦠 Autismo é uma epidemia

Organizações como Autism Speaks rotulam o autismo como uma “epidemia”, embora cientistas tenham demonstrado o contrário.

O Dr. Roy Grinker, antropólogo da GWU, financiado ironicamente pela Autism Speaks, publicou Unstrange Minds, desmentindo a suposta “epidemia do autismo”. Sua pesquisa é apenas uma das várias que refutam essa ideia.


🔻 A maioria dos autistas são “de baixa funcionalidade”

Muitas organizações sem fins lucrativos preferem focar em casos de “baixa funcionalidade”, pois isso aumenta a arrecadação de doações.

Porém, pesquisas mostram que menos da metade dos autistas são considerados de “baixa funcionalidade”. Além disso, a Síndrome de Asperger foi historicamente subdiagnosticada, sugerindo que há ainda mais autistas “de alta funcionalidade” do que se pensava.


🧪 O autismo pode ser tratado por ____

Essa é uma das crenças mais perigosas, pois muitos pais desesperados acabam sendo enganados por falsos tratamentos.

Charlatões exploram a falta de uma “cura” científica para vender terapias ineficazes ou perigosas. Essas falsas curas apenas exploram famílias vulneráveis sem oferecer nenhum benefício real.


💉 O autismo é causado pelo mercúrio

Esse mito é popular nos EUA, onde se propagou a ideia de que vacinas contendo mercúrio causariam autismo.

Porém, estudos demonstram consistentemente que não há qualquer relação entre autismo e vacinas. O pânico em torno dessa ideia já resultou na queda na taxa de vacinação e no ressurgimento de doenças erradicadas.


🤐 Autistas não verbais são severamente mentalmente prejudicados

Dificuldades de comunicação não refletem capacidade cognitiva. Existem autistas não verbais que são extremamente inteligentes e apenas precisam de meios alternativos para se expressar.


🧠 Autistas não podem ser gênios

Muitos gênios históricos são suspeitos de ter tido autismo, como Albert Einstein e Thomas Jefferson.

Hoje, há exemplos vivos, como o economista vencedor do Prêmio Nobel Vernon Smith e o ator Dan Aykroyd, que confirmaram seus diagnósticos públicos de autismo.


🔬 Temos uma boa compreensão do autismo

A ciência ainda sabe muito pouco sobre o autismo.

Pesquisadores fazem novas descobertas constantemente, mas ainda estamos longe de compreender completamente como funciona o cérebro autista.


💊 Autistas querem ser curados

A grande maioria dos autistas não deseja ser “curada”, pois aceitam o autismo como parte de sua identidade.

Essa perspectiva pode parecer estranha para quem não é autista, mas o mesmo aconteceu no passado com a homossexualidade, que já foi considerada um “distúrbio” antes de ser reconhecida como uma variação natural da diversidade humana.


🧩 Pessoas com autismo são iguais

Autistas diferem entre si tanto quanto pessoas neurotípicas.

O autismo é um espectro, e cada indivíduo tem experiências únicas, diferentes habilidades e preferências pessoais.


❌ Autistas são representados por grandes organizações

Na verdade, a maioria dos autistas discorda dessas organizações.

O Autism Speaks, a maior organização sobre autismo do mundo, não tem autistas em seu conselho e não permite que autistas falem em suas conferências, alegando que “não seria apropriado”.

Essas organizações também investem pesado em pesquisas para triagem pré-natal, com o objetivo de detectar o autismo antes do nascimento. Isso levanta preocupações éticas sobre a busca pela eliminação de autistas antes mesmo de nascerem.

Em contraste, existem organizações lideradas por autistas, como a ASAN (Autistic Self Advocacy Network):
🔗 ASAN


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