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Pesquisar a educação antirracista sob uma ótica freireana consiste em buscar caminhos para sua prática no cotidiando da escola básica. Trata-se de algo crucial, pois como Paulo Freire, é preciso que nós professores também enfatizemos a conscientização e a emancipação dos indivíduos através da educação. Freire defendia uma pedagogia que valorizasse o diálogo, o respeito mútuo e a consciência crítica, princípios essenciais para combater o racismo.
Esta abordagem propõe uma educação que não apenas reconheça as injustiças, mas também capacite as pessoas educandas a questionar e transformar a realidade opressiva.
Integrar a perspectiva freireana na educação antirracista permite a construção de um ambiente educacional onde todos os alunos, independentemente de sua raça, podem desenvolver-se plenamente e contribuir para uma sociedade mais justa e equitativa.
Meus trabalhos partem deste principio, buscando sua intersecção com os trabalhos de Georges Snyders, que exploram a alegria na educação, para complementar o caminho que aponta que o processo educacional deve ser não apenas emancipador, mas também prazeroso e motivador.
Snyders argumenta que a alegria no aprendizado é fundamental para o desenvolvimento integral dos estudantes, e quando aplicada ao contexto da educação antirracista, essa ideia promove um ambiente onde os alunos se sentem valorizados e respeitados.
A combinação das ideias de Freire e Snyders pode criar uma pedagogia que seja ao mesmo tempo crítica e humanizadora, capaz de abordar as complexidades do racismo de maneira holística e transformadora.
Além disso, a integração dessas duas perspectivas pode proporcionar uma compreensão mais rica e profunda das dinâmicas sociais e educacionais. Freire e Snyders, cada um a seu modo, desafiam as estruturas tradicionais de ensino que frequentemente perpetuam desigualdades raciais.
Freire, com sua crítica à educação bancária, e Snyders, com sua ênfase na alegria e na experiência positiva do aprendizado, oferecem um modelo educativo que combate o racismo não apenas no conteúdo, mas também na forma como a educação é vivenciada. Este modelo educativo holístico é essencial para construir uma sociedade onde a diversidade é celebrada e as desigualdades são ativamente combatidas.
Essa abordagem promove uma educação que é ao mesmo tempo crítica e afirmativa, desafiando os preconceitos e promovendo a igualdade racial. Ao unir a conscientização crítica de Freire com a "alegria na escola" de Snyders, é possível criar ambientes de aprendizagem mais inclusivos, acolhedores e justos, capacitando todos os alunos a se tornarem agentes de mudança em suas comunidades.
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