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Afrofuturismo

afrofuturismo

Em 1993 o filme Flame Wars: The Discourse of Cyberculture, do crítico cultural Mark Dery, apresentou o termo Afrofuturismo ao se referir a "ficção especulativa de assuntos afro-americanos, que diz respeito às preocupações afro-americanas no contexto da tecnocultura do século XX e, de um modo mais geral, à resignificação afro-americana das imagens de tecnologia e aprimorações protéticas futurísticas" (DERY, 1994 pg. 136).
Esta é uma definição que deve ser interpretada em duas partes, de acordo com Lisa Yaszek:
"Em sua relação com a ficção científica como gênero estético, o Afrofuturismo não deve ser pensado como um simples gênero de ficção cientifica."

O Afrofuturismo representa um modo estético capaz de abranger diferentes artistas e seus trabalhos, em diferentes gêneros e plataformas de mídia, unidos pelo interesse comum de projetar um futuro negro à partir de experiências diaspóricas (YASZEK, 2006) clique para baixar

heróis da milestone

Ytasha Womack apresenta uma outra definição para o Afrofuturismo como uma "intersecção entre a imaginação, a tecnologia, o futuro e a libertação" [Womack 2013 pg. 9].

capa do livro

Trata-se, portanto, de "um movimento cultural transdisciplinar, baseado na incomum conexão entre a marginalidade dos supostamente “primitivos” povos da diáspora africana e a tecnologia “moderna” e a ficção científica"(ELIA, 2014) clique para baixar

Em seu artigo sobre a definição do Afrofuturismo, Adriano Elia considera suas diferentes linguagens, como a arte de Basquiat, a música de Sun Ra e a literatura de WEB Du Bois, Ralph Ellison e Octavia Butler.

Afrofuturismo é, então, um termo capaz de suscitar diferentes definições enlaçadas por um elo em comum: os temas de recuperação, libertação negra, revisão do passado e previsões de um futuro através de uma lente cultural negra, uma forma de arte prática e metodológica, que permite à pessoa negra se ver representada em uma visão de futuro, apesar de seu passado e presente angustiantes, apelando para a estética e ideias da ficção científica para refletir o processo de marginalização do povo Africano em diáspora, que em sua história de 500 anos de colonialismo, racismo e segregação, desenvolveu uma relação disjunctiva do conceito de "lar".

Pantera Negra

O Afrofuturismo reimagina o passado, vislumbrando o futuro. Se a vida realmente imitar a arte, o futuro pertencerá à Africa e a seus contadores de histórias.

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