alôca
Com suas boites e bares, a noite paulistana tem sua própria fauna, onde presas e predadores se camuflam em partes exclusivas daquela floresta. De pistas bem localizadas aos templos underground, a noite acoberta lugares e cenas obrigatorias para todos os gostos.
Era assim com a aLôca, meca dos descolados habitada por um publico predominantemente LGBT, um ambiente que Diego ja frequentava mas que Kátia ainda estava por conhecer. Naquela quinta-feira, a noite oferecia uma festa eletrônica com um dos DJs mais conhecidos da cidade e a oportunidade do casal se aventurar, já que estavam se conhecendo e o namoro começava a ficar firme.
A rua estava cheia, em frente a casa noturna, com um publico gay lindo, como sempre há nesses lugares. Antes mesmo de se mudar para São Paulo, Kátia já sabia que não existe lugar melhor para ver homem bonito do que balada LGBT: um lugar onde as mulheres podem se sentir à vontade, vestir a roupa que quiserem, sem sentir a mão daqueles inconvenientes passando pelo seu cabelo ou tentando puxar para um beijo. Pela conversas das amigas e pelas pesquisas na internet, ela sabia o que esperar do ambiente em que estava prestes a adentrar: um local agradavél para aproveitar a noite, sem ninguém arrumar confusão com ninguém; uma pista cheia e a possibilidade de alguma cena erótica com seu namorado. Quem sabe, aquele beijo a três que tanto falavam, desde o dia em que se conheceram?
Alôca era algo maior do que uma casa velha e reformada, com dois andares que se dividiam entre bar, pista e sofás para descanso, com um corredor no andar superior que dava acesso ao darkroom - aquela sala escura, sem a entrada de nenhuma luz, com teto e paredes e chão pintados de preto. Lá, onde ninguém vê nada, a fama era de que rolasse de tudo.
Esses pensamentos a deixavam excitada e nervosa.
Nervosa, mas vesita uma mini-saia rodada xadrez e meias altas, acompanhando o cano do All Star que alcançava quase seus joelhos. Por baixo, uma calcinha de renda, cavada.
Entraram por volta das 23h.
Curtiram a pista que estava ótima, e uma hora depois assistiram abraçados ao show de Drag Queens, coisas de um tempo em que o Stand UP existia e era engraçado. A noite estava excelente e era por volta de uma da manhã quando Diego a puxou pela mão para o andar de cima. No bar, ela percebeu o carinha que a fitava desde a pista: tinha o cabelo preto, curto e alinhado, com um porte atlético que se percebia pelo delineado da camisa preta, acompanhada por uma calça risca de giz e tênis de skatista. Ela olhou e sorriu, mas abaixou o rosto para que o namorado não percebesse.
Mas e se ele percebesse, qual era o problema? Ela havia chamado a atenção de um desconhecido bonito e gostoso, e retribuiu. Era somente isso e não como se ela fosse trocar Diego por um olhar sedutor ou dois.
Foram vários os olhares que trocaram, até Diego beijar seu rosto com carinho e sussurrar ao seu ouvido
-Vem comigo!
Puxando a namorada pela cintura, Diego tomou o caminho do darkroom, puxando-a levemente e atento a qualquer gesto dela que mostrasse uma negativa. Haviam conversado muito sobre transar em um darkroom, mas uma coisa era falar durante o sexo e outra, era entrar ali já sabendo o que iria acontecer entre os dois. Tinham somente uma experiência exibicionista no currículo até aquele momento e ele queria realizar as fantasias que ela lhe confessava, mas sem assustar.
Ao entrarem na sala escura, Diego teve outra preocupação: proteger a namorada do assedio de algum homem hetero perdido ali dentro. Colocou Kátia a sua frente e colou seu corpo no dela, enlaçando-a com os braços e afastando com gentil firmeza os toques indesejados que se aproximavam. Seguiu reto ate o fundo da sala e parou ao encontrar uma parede, onde sem querer, se apoiou de costas. Puxou Kátia para si o mais que pode, em um abraço apertado e apaixonado. Ela, enlaçada em seu pescoço e ele, explorando seu corpo sobre a roupa, de cima ate embaixo, procurando pela barra da mini-saia, enquanto ela esfregava sua pélvis no volume ereto que ja lutava para escapar de sua calça.
O que Diego não havia visto era que o rapaz entrou pela sala, também, seguindo seus passos. Ao seu lado, a sinfonia de gemidos era formada pelos casais de rapazes se pegando e um ou outro casal de meninas, inclusive aquele que tentou puxar Kátia para junto de si, mas soltou quando percebeu que ela estava enlaçada o namorado. E o rapaz estava ali, atrás de Kátia, quando Diego subiu suas mãos por dentro de sua saia em busca das alças da calcinha, que encontrou e passou por entre os dedos.
O casal se beijava e ela gemia em seu ouvido, o que ele entendeu como sinal verde para abaixar sua calcinha ate os joelhos. Voltou com uma mão em direção a buceta e acariciou os labios antes de procurar pelo clitóris, enquanto que com a outra mão buscava soltar o zíper. Kátia soltou uma mão de seu pescoço e desceu em busca de seu brinquedo favorito, quando sentiu uma terceira mão alisar levemente sua coxa, subindo devagar até a bunda, o que a fez apertar o pau do namorado para lhe sussurrar ao ouvido, entre um gemido e outro
-Amor, tem alguém passando a mão em mim!
Ela sabia que estava pisando em gelo fino, mas a fantasia se realizava sem que houvesse planejado. Iriam apenas transar no darkroom, praticar um exibicionismo que já realizavam quase todas as noites no quarto, com suas amigas. Quando combinaram o ato, ela pensou imediatamente na possibilidade de brincarem com uma terceira pessoa, mas como dizer isso ao seu namorado? Estavam juntos há pouco mais de seis meses e ela aina se sentia insegura em relação a suas reações. Mil pensamentos passavam pela sua cabeça quando Diego respondeu
-E você está gostando?
-Sim, mas estou com medo.
-Eu cuido de você, só fala o que ele está fazendo, bem baixinho, e diz se não gostar de algo.
Naquele momento, com o pau do namorado todo duro em sua mão, Kátia o apertou pela base e comecou o movimento de vai e vém, bem devagar, enquanto o acariciava. Ela mantinha o peito colado com o dele, empinando sua bundinha para trás, já tinha mexido as pernas para que a calcinha descesse até os pés e elas agora estavam abertas. Atrás dela, alguém passava a mão por entre as suas pernas, o dedão roçando na entradinha do cu enquanto os outros dedilharam uma vulva muito, muito molhada.
-Amor, ele esta me dedando…
-Está gostoso?
-Muito!
Ela gemeu enquanto respondia e acelerava a punheta que batia para Diego, oferecendo a bunda para quem estava atrás. De algum modo, ela sabia que era o rapaz dos olhares no bar e sem se comunicar, ele entendeu o movimento como um recado e escorregou sua mão para trás, usando a lubrificação para enfir um dedo inteiro.
-Amor, ele enfiou um dedo no meu cu! Põe a mão na minha buceta, enfia o dedo na minha buceta!
Enquanto Diego obedecia e começava passear com os dedos pela entrada de sua buceta, Kátia já havia passado a outra mão para trás do corpo. Meio para impedir que o rapaz tentasse penetra-la, o que ele não fez. Ao inves disso, guiou a mão dela para a rola que havia libertado da calça. Ela apertou e se sentiu realizada.
Estava no meio de dois homens, com um pau em cada mão, masturbando os dois. Um era seu namorado, que brincava dentro da sua buceta enquanto dedilhava seu clitoris. O outro, um completo estranho que brincava com o dedo em seu cu enquanto apalpava sua bunda.
Ouviu a respiração do rapaz ficar mais pesada e sentiu o pau inchar em sua mão. Sabia o que viria depois e acelero seus movimentos e ao sentir o esguicho da porra quente atingir sua bunda, não pôde evitar: gozou.
O gozo trouxe a lucidez e ela soltou do rapaz, afastando a mão dele que a tocava. Se virou para Diego e falou apenas
-Me leva embora!
Diego não entendeu, mas não perguntou. O conforto e a segurança de sua parceira se sobrepunham ao seu prazer e ele a puxou pela mão em direção a luz que indicava a entrada, afasntado as pessoas da frente. Não viu, mas afastou também o rapaz, que ainda tentou pegar Kátia pela mão.
Ela se esquivou e saíram juntos para o bar, onde Diego percebeu que estava ainda com a calça aberta e o pau em riste para fora. Kátia riu e o cobriu com o corpo, enquanto fechava o zíper. PAgaram a comanda com pressa e saíram ainda sem falar nada sobre o ocorrido e nem sobre a necessidade súbita que ela tinha de sair dali.
Moravam a alguns quarteirões e assim como haviam ido andando para a balada, saíram novamente a pé por entre as ruas do centro de São Paulo, mas quando chegaram a rua da Consolação, antes de atravessar em direção a higienópolis, Diego a puxou para um beijo
-Por que estamos correndo?
Kátia olhou fundo nos seus olhos equanto soltava o botao e o ziper de sua calça. Percebia agora que havia deixado sua calcinha no chão da sala escura, o tesão bombeando suas veias mais rapido do que o sangue conseguia arrefecer. Encostou-se no poste do semáfaro e dobrou uma coxa, erguendo a perna levemente.
-Porque eu estou com pressa!
Diego entrou reto e direto, nunca havia sentido a companheira tão lubrificada. Ela o recebeu suave e faminta. Ele bombou com força, metendo tudo e querendo ter mais o que enfiar, suas mãos segurando a bunda coberta por porra seca de um desconhecido. Ela gemeu.
-Eu te amo!
-Eu, também!