Você vai encontrar nesta página:
- O que é o RPG
- História do RPG e seus criadores
- Dungeons & Dragons: o RPG original
- Rolemaster: o realismo como objetivo
- Livros-jogo de Steve Jackson
- Sistema D20 e estatística
- Open Game License e impacto no Brasil
- GURPS: o sistema genérico
- História do RPG no Brasil
- RPG e inclusão autista
A era Dragão Brasil e o trio Tormenta
A Revista Dragão Brasil, lançada em 1994 pela Editora Trama, foi o maior veículo de RPG do país por mais de uma década. Com tiragem mensal e distribuição nacional, trouxe artigos, aventuras, sistemas, notícias e criações originais — e foi onde nasceu o maior universo de fantasia do Brasil: Tormenta.
Em 1999, a revista publicou um suplemento especial chamado Tormenta, com um cenário de fantasia próprio. A aceitação foi tão grande que o universo evoluiu para romances, quadrinhos, aventuras, campanhas e sistemas próprios.
Os principais criadores da linha Tormenta formaram o “trio sagrado” do RPG nacional:
Mais tarde, o romancista Leonel Caldela também se tornaria parte fundamental da equipe.
Holy Avenger: o quadrinho de RPG
Em 2001, foi lançada a HQ Holy Avenger, escrita por Marcelo Cassaro e ilustrada por Érica Awano. Ambientada em Arton, o universo de Tormenta, a revista teve 42 edições e se tornou um marco da cultura geek brasileira — com estilo de anime, humor, aventura e referências diretas às regras de RPG.
Holy Avenger introduziu o universo de Tormenta a milhares de leitores não iniciados em RPG e ajudou a consolidar o cenário como um fenômeno editorial.
Tormenta RPG
- 2010 – Lançamento do Tormenta RPG, um sistema próprio ambientado em Arton, com base no D20 System e elementos únicos.
- 2019 – Lançamento do Tormenta 20, financiado via Catarse, arrecadando mais de R$ 2 milhões — maior projeto de financiamento coletivo editorial do Brasil na época.
Outros marcos
- 1998 – 3D&T (Defensores de Tóquio), também por Marcelo Cassaro, voltado ao humor e cultura pop japonesa.
- 2016 – Old Dragon, por Rafael Beltrame e Antonio Pop, com foco em “RPG raiz”, à la D&D clássico.
RPG e inclusão autista
Para pessoas autistas, o RPG é uma forma poderosa de viver a imaginação com regras claras, personagens definidos e ambientes socialmente seguros. Jogar pode ajudar com:
- Regulação emocional
- Interação social mediada
- Criação de vínculo
- Expressão criativa e identidade
No RPG, a nossa imaginação não é fuga — é resistência.
Se você é diferente demais para o mundo, crie um mundo onde a diferença seja a regra.